segunda-feira, 12 de março de 2012

“Suzano não realiza suas obrigações sociais”, denuncia MST
Segundo o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MST), no extremo sul da Bahia os trabalhadores do campo vêm sofrendo com a monocultura do eucalipto, pois grandes extensões de terras são ocupadas pelas empresas multinacionais de papel e celulose.

O MST argumenta que esse modelo de produção gera muitos impactos sociais e ambientais, pois é formado por árvores que crescem rápido, degradam o solo, envenenam as águas e produzem celulose para exportação, em um sistema que explora os trabalhadores e a natureza.

“Uma das maiores empresas da região, a Suzano, concentra no extremo sul da Bahia 500 mil hectares de terra com plantio de eucalipto. 20% destas áreas, o equivalente a 90 mil hectares, são áreas de fomento, onde a empresa explora ainda mais os trabalhadores do campo”, afirmou o MST.

E acrescentou: “A Suzano recebeu do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) uma verba de 30 milhões de dólares para investimento em projetos sociais. Esses projetos servem para amenizar os impactos sociais causados pela própria empresa, para a isenção de seus impostos e pagamento de menos juros. Cadê esse dinheiro?”
O MST acusa a empresa de celulose e papel também de condenar a extração de carvão, dizendo que esta é ilegal, quando não considera que seus plantios de eucalipto expulsam os agricultores as terra e impedem a produção de alimento, gerando fome.

“Além disso, a Suzano utiliza a CAEMA e a Polícia Militar, ou seja, a segurança pública em benefício privado”, concluiu o MST.

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